Sempre de bike

Sempre de bike
Minha nova paixão!

sábado, 27 de novembro de 2010

Elegância

(Toulouse Lautrec)


Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja

cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito

além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um

simples obrigado diante de uma gentileza.
 É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de

dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa

alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.

É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas

pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da

fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.

É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas.

Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem

presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao

receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante.
É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você

teve que se arrebentar para o fazer...

É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.

É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.

É elegante retribuir carinho e solidariedade.

É elegante o silêncio, diante de uma rejeição....

Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não

há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele

de uma forma não arrogante.
É elegante a gentileza... atitudes gentis falam mais que mil imagens...
Abrir a porta para alguém...é muito elegante
Dar o lugar para alguém sentar...é muito elegante

Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma...

Oferecer ajuda...é muito elegante

Olhar nos olhos ao conversar, é essencialmente elegante.

Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar

imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver

que independe de status social: é só pedir licencinha para o nosso lado

brucutu, que acha que "com amigo não tem que ter estas frescuras". Se os
amigos não merecem uma certa cordialidade, os inimigos é que não irão
desfrutá-la.


Educação enferruja por falta de uso.

E, detalhe: não é frescura.

Nenhum comentário: